Tiro na catedral do Brasil: cinco mortos em ataque à igreja
Atirador identificado como um analista de sistemas de 49 anos sem ficha criminal

Funcionários municipais da cidade de Campinas, no sudeste do Brasil, carregam corpo para fora da catedral
Ari Ferreira / AFP / Getty Images
Um homem armado abriu fogo dentro de uma catedral brasileira ontem, matando quatro pessoas e ferindo outras sete antes de apontar a arma contra si mesmo.
Euler Fernando Gandolfo, 49, abriu fogo momentos após o término da missa do meio-dia na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Campinas, próximo a São Paulo.
Imagens de CCTV do ataque mostram fiéis fugindo da igreja e se jogando atrás dos bancos para se proteger da violência.
Pelo menos 20 tiros foram disparados, segundo o padre Amauri Thomazzi, que acabava de celebrar a missa quando ocorreu a tragédia.
Após um breve impasse com a polícia, Gandolfo se matou com um tiro em frente ao altar.
Uma das vítimas foi identificada como Sidnei Victor Monteiro, de 39 anos, cuja mãe estava entre os feridos no atentado, o diário brasileiro Ou balão relatórios.
A polícia ainda está trabalhando para descobrir por que Gandolfo, um analista de sistemas sem histórico criminal, realizou o ataque. É um dos tiroteios em massa mais mortíferos da história recente do Brasil.
O atirador executou o massacre com uma arma de 9 mm do exército cujo número de série havia sido riscado, Ou balão relatórios. Ele também carregava um revólver calibre 38, que não foi disparado durante o ataque.
O novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que assumirá o cargo em 1º de janeiro, fez do relaxamento das leis de controle de armas do país uma de suas principais promessas de campanha.
O populista de direita afirma que os cidadãos cumpridores da lei devem ser capazes de se proteger com armas de fogo, que atualmente são restritas aos policiais e àqueles capazes de provar a necessidade específica de uma arma.
Mas especialistas em segurança argumentam que mais armas podem aumentar os já altos índices de criminalidade no Brasil, diz o Washington Post .